"A
aprendizagem ao longo da vida tornou-se uma necessidade de todos os cidadãos.
Precisamos de desenvolver as nossas aptidões e competências ao longo das nossas
vidas, não apenas para a nossa realização pessoal e a nossa capacidade de
participar activamente na sociedade em que vivemos, mas também para sermos
capazes de ter êxito num mundo laboral em constante mudança." (Ján Figel, Competências
Essenciais para a Aprendizagem ao Longo da Vida- Quadro de Referência Europeu.)
Considero que a educação ao longo da vida, desempenha um papel cada vez
mais pertinente e indissociável das sociedades atuais. E quando me refiro a
isto, penso numa educação dos 0 aos 90 anos… porque as aptidões desenvolvem-se
sempre!
“Quanto à aprendizagem ao longo da vida reconhece-se que “a educação
e a formação como fator crucial para o futuro da Europa na era do conhecimento,
enquanto fator de crescimento económico, de inovação, empregabilidade
sustentável e coesão social”. (Clímaco, 2005:10)
O quadro de referência definido pelo Conselho e o Parlamento Europeu no
final de 2006 estabelece oito competências essenciais para a aprendizagem ao
longo da vida: 1) Comunicação na língua materna; 2) Comunicação em línguas
estrangeiras; 3) Competência matemática e competências básicas em ciências e
tecnologia; 4 )Competência digital; 5) Aprender a aprender; 6) Competências
sociais e cívicas; 7) Espírito de iniciativa e espírito empresarial e 8)
Sensibilidade e expressão culturais.
Possuir as competências básicas fundamentais parece ser ainda um dos nossos
maiores desafios…: o domínio da língua, da literacia, da numeracia e das
tecnologias da informação e comunicação (TIC) são condição essencial para
descobrir a base de todas as atividades de aprendizagem.
Penso que numa perspetiva EUROPEIA todos ganhamos com o conhecimento e o
conhecimento deve ser o veículo diferenciador dos Europeus.
Tornar o nível geral de competências dos cidadãos mais elevado contribui
para melhorar todos os indicadores, sendo para isso determinante que tanto os decisores
políticos, os profissionais da educação/formação e os aprendentes,
convirjam a fim de tornar a aprendizagem ao longo da vida uma realidade.
Barro e Lee (2011) referiam num estudo, que em 2010, eramos o
país da UE27 com a mais baixa escolaridade média da população adulta – 7,7 anos
– substancialmente inferior à média europeia de 10,6 anos,
situação que se arrasta há mais de 50 anos. Penso que os esforços feitos pelo
poder central foram ainda algo limitados no tempo e no espaço, não fornecendo
aos adultos condições para que recuperassem de anos e anos da ditadura que lhes
minou o futuro com um acesso à educação pouco global e que privilegiava sempre
os mesmos…
Assim sendo Portugal e a União Europeia têm de continuar a apostar na
educação para adultos. Não só nos grandes centros urbanos onde se centralizam
os poderes e as pessoas mas principalmente onde há mais escassez deste tipo de
ensino, o interior. A proliferação de Universidades Sénior por todo o país,
demostra a necessidade e o gosto pelo SABER ser-estar ou fazer, os portugueses
têm necessidade de colmatar falhas ao nível das competências essências que se
prolongaram muitas vezes por demasiado tempo.
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